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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CARNAVAL DE VENEZA        


O Carnaval de Veneza pode ser considerado o mais importante e 
famoso de toda a Europa. A sua origem, nos termos em que hoje é conhecido, 
remonta, segundo se pensa, ao ano de 1162. 
       Esta festa continuou por muitos séculos até que no século XVII foi 
enriquecida em termos de música, cultura e vestuário rico e exótico. As 
belíssimas máscaras estiveram, durante centenas de anos, associadas à 
tradição e à fantasia do Carnaval e muitas delas tornaram-se famosas fazendo 
mesmo parte da "Commedia dell'Arte", um tipo de teatro cómico surgido na 
segunda metade do século XVI, que se contrapunha ao teatro clássico rígido e 
formal e que imortalizou personagens como o Arlequim, a Columbina, a 
Pulcinella, o Doutor ou o Pantalone.
Em Veneza o Carnaval começava de terça a noite, após o qual os 
ânimos desmaiam no rescaldo dos despojos do festim que ainda oficialmente 
com o Liston delle Maschere, o caminho das máscaras, que era o passeio dado 
pelos habitantes que, elegantemente vestidos e usando as suas máscaras, 
expunham as suas riquezas em sedas e jóias.
      A "Bauta", de cor branca, é considerada a máscara tradicional de Veneza, a 
qual permitia ao seu utente comer e beber sem a retirar, sendo usada também 
durante todo o ano para proteger a identidade e permitir os encontros 
românticos.
A "Moretta", máscara exclusivamente feminina, foi uma das mais 
famosas, apesar de ser segura, através de um botão, pelos dentes da frente, o 
que impunha às mulheres um silêncio forçado, muito do apreço dos homens.
"Mattaccino" era o nome dado às máscaras dos jovens atiradores de 
ovos, ficando a ser um dos personagens típicos do Carnaval de Veneza. Estes 
ovos perfumados, que existiam em grande variedade.
Existem hoje em Veneza cerca de dois mil fabricantes de máscaras, 
verdadeiras obras de arte feitas de couro, papel  mâché, alumínio ou seda. 
Requintadas, como a  maschera noble, ou absurdas, como o  taracco da 
Commedia Dell'Arte, são imprescindíveis ao ambiente de ilusão feérica vivido no grande palco de personagens irreais em que Veneza se transforma durante 
o Carnaval. 
Nas ruas, os trajes e as máscaras continuam exuberantes e magníficos 
e o auge da festa é atingido no fogo-de-artifício mantém o seu carácter sensual 
e pagão de celebração da Primavera.

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