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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Em finais do século XVIII, o entrudo era praticado por todo o país, consistindo em brincadeiras e folguedos que variavam conforme os locais e os grupos sociais envolvidos. As primeiras tentativas de civilizar a festa carnavalesca brasileira foram através da importação dos bailes e dos passeios mascarados parisienses, colocando o Entrudo Popular sob forte controle policial. A partir do ano de 1830, uma série de proibições vai se suceder na tentativa, sempre infrutífera, de acabar com a festa grosseira.
Em finais do século XIX, toda uma série e grupos carnavalescos ocupam as ruas do Rio de Janeiro, servindo de modelo para as diferentes folias. Nessa época, esses grupos eram chamados indiscriminadamente de cordões, ranchos ou blocos. Em 1890, Chiquinha Gonzaga compôs a primeira música especificamente para o Carnaval, "Ô Abre Alas!". A música havia sido composta para o cordão Rosas de Ouro que desfilava pelas ruas do Rio de Janeiro durante o carnaval.
Os foliões costumavam frequentar os bailes fantasiados, usando máscaras e disfarces inspirados nos baile de máscaras parisienses. As fantasias mais tradicionais e usadas até hoje são as de Pierrot, Arlequim e Colombina, originárias da commedia dell'arte.
Atualmente, no Rio de Janeiro e em várias grandes e pequenas cidades, as escolas de samba fazem desfiles organizados, verdadeiras disputas para a eleição da melhor escola do ano segundo uma série de quesitos. Com o crescimento vertiginoso dessas agremiações o processo de criação se especializou gerando muitos empregos concentrados, principalmente, nos chamados barracões das escolas de samba.
O desfile mais tradicional acontece no Rio de Janeiro, na Passarela do Samba, Marquês de Sapucai, como é chamado o sambódromo carioca, primeiro a ser construído no Brasil. Outros desfiles importantes ocorrem em Uruguaiana, Porto Alegre,Florianópolis,Manaus e em Vitória.
Recentemente o desfile das escolas de samba de São Paulo adquiriu relevância ao passar a ser transmitido pela Rede Globo para quase todo o país, pois no Rio Grande do Sul, a Rbs tv(RS), afiliada da tv Globo, desde 2008 transmite os desfiles do grupo especial de Porto Alegre,que ocorre em dois dias, sexta e sabado de carnaval, e Florianópolis que no sabado de carnaval e exibido pela Rbs tv(SC) os desfiles do gupo especial de Florianópolis.
Além dos desfiles das escolas de samba acontecem também os desfiles de blocos e bandas, grupo de pessoas que saem desfilando pelas ruas das cidades para se divertir, sem competição. Também existem os bailes de carnaval, realizados em clubes, ou em áreas públicas abertas, com execução de músicas carnavalescas.
O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.
Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011


Carnaval de antigamente


O Carnaval dessa altura era descrito na enciclopédia de um modo bastante claro:
Pelas ruas generalizava-se uma verdadeira luta em que as armas eram os ovos de gema, ou as cascas contendo farinha ou gesso, cartuchos de pós de goma, cabaças de cera com água de cheiro, tremoços, tubos de vidro ou de cartão para soprar com violência, milho e feijão que se despejavam aos alqueires sobre as cabeças dos transeuntes.
Havia ainda as luvas com areia destinadas a cair de chofre sobre os chapéus altos ou de coco dos passantes pouco previdentes e até se jogava entrudo com laranjas, tangerinas e mesmo com pastéis de nata ou outros bolos.
Em vários bairros atiravam-se à rua, ou de janela para janela, púcaros e tachos de barro e alguidares já em desuso, como depois se fez também no último dia do ano, no intuito de acabar com tudo de velho que haja em casa.
Também se usaram nos velhos entrudos portugueses a vassourada e as bordoadas com colheres de pau, etc. As pessoas mascaravam-se, pregavam partidas, gozavam com as outras pessoas pois estando disfarçadas podiam fazê-lo sem serem reconhecidas.
O Carnaval de cada terra tinha o seu rei, o Rei Momo, que também tem uma rainha. A corte tem vários ministros (a fingirem que estão sempre bêbedos) e imensas "matrafonas", que são homens vestidos de forma ridícula ou de mulher.
Normalmente, havia “zés-pereiras” que acompanhavam e animavam o desfile, a tocar bombo, ou "tropas fandangas" também a tocar e a fazer disparates. Também apareciam gigantones e outros disfarces.
Hoje em dia Portugal ainda há Carnavais com muita tradição: Ovar, Torres Vedras, Alcobaça, Loulé... E muitos mais, pois por todo o lado se brinca e se organizam festejos e bailes de Carnaval.


Cegadas

Já ouviste os teus pais ou os teus avós dizerem para te portares bem e não te meteres em «cegadas»? Ora essa expressão vem de uma tradição do Entrudo (Carnaval) português em que as pessoas faziam cegadas para se divertirem.
A característica mais importante da cegada é o facto de ser uma oportunidade para, estando disfarçado dos pés à cabeça, «gozar» com pessoas (importantes) que normalmente se respeitam, mas são irritantes, pregar partidas e até mesmo criticar o governo ou os governantes.
Como deves calcular, as pessoas que são criticadas não gostam mesmo nada e, no caso das tais «pessoas importantes» ou dos políticos, dantes, às vezes havia confusões com a polícia.
Por isso, nos anos 60 do século XX, o nosso governo proibiu as cegadas (por causa das críticas políticas, que na altura não se podiam fazer). Este foi o tempo das «grandes cegadas», porque, apesar de serem proibidas, muitas pessoas continuaram a fazê-las.
Claro que a tradição acabou por se perder um pouco, pois hoje já não se vai preso por criticar os «grandes». As cegadas eram uma forma de crítica que revelava o sentido humorístico malicioso do nosso povo. A melhor altura para o fazer era sempre o Carnaval - quando «ninguém leva a mal».
São uma tradição mais típica do sul de Portugal e as que ainda se mantêm são as de Sesimbra, Ourique, Odemira e outras.
Normalmente, acabam por se tornar até o tema do Carnaval desse ano, figurando alguns acontecimentos cómicos ocorridos durante o ano. E aí toda a gente se diverte! As cegadas também são uma representação, como as do teatro, mas são consideradas brejeiras (com piadas fáceis e maliciosas). São feitas por grupos de quatro, cinco ou seis elementos e duram aproximadamente uma hora. Os textos são encomendados a pessoas de fora que normalmente fazem (escrevem) cegadas ou então são feitos por pessoas do próprio grupo.
Os Caretos
Um careto é um homem disfarçado que anda pelas ruas de algumas povoações e aldeias do Norte de Portugal (especialmente em Trás-os-Montes) com uma máscara que serve para meter medo, fazendo de diabo à solta. Podem aparecer tanto no Carnaval como no Natal.
Os caretos fazem parte de uma tradição portuguesa muito, muito antiga, e os mais conhecidos são os de Podence e de Ousilhão (Trás-os-Montes), mas também os há noutras zonas, como em Lazarim, na Beira Alta.
Os homens de Podence também se mascaram, mas a diferença é que se mascaram de caretos, ou seja, de uma espécie de criaturas de outro mundo que fazem muito barulho e perseguem as raparigas solteiras.
Os caretos andam em grandes grupos, com máscaras de couro ou de madeira, muito feias. Vestem velhas colchas de lã transformadas em fatos de cores fortes como o verde, azul, preto, vermelho e amarelo (tudo às riscas). Para chamar a atenção e fazer todo o barulho que lhes é característico, os caretos usam grandes chocalhos pendurados na cintura e guizos nos tornozelos.
Nos dias em que os caretos saem à rua, as meninas solteiras ficam em casa a vê-los pela janela. Por isso eles trepam pelas varandas acima, para ir ter com elas e fazer muito barulho, mexendo a cintura para lhes bater com os chocalhos!
Outras das suas vítimas são os donos das adegas. Quando são apanhados, pegam-lhes ao colo e obrigam-nos a abrir as pipas de vinho para os caretos beberem.
Para os ajudar nas suas correrias e saltos por toda a povoação, os caretos usam também um pau ou uma moca, que lhes serve de apoio (e também lhes dá um ar mais assustador...).
Aos caretos tudo se permite nos dias de Carnaval. Diz-se que o homem, ao vestir aquele fato, torna-se misterioso e o seu comportamento muda completamente, ficando possuído por uma energia que não se sabe de onde vem. Nas crenças das pessoas de Trás-os Montes e da Beira Alta, existe qualquer coisa de mágico em todo o ritual da festa que permite aos caretos fazerem coisas que os outros não podem.
Há alguns anos, as pessoas, nestes dias, trancavam as portas, com medo dos abusos dos caretos. Claro que hoje em dia eles são mais moderados, mas as suas correrias, o seu barulho e os seus gritos ainda surpreendem os mais desprevenidos.
Diz-se que a tradição dos caretos já vem de há muitos séculos, ainda antes do Cristianismo e está associada a práticas mágicas, relacionadas com os cultos da fertilidade na agricultura.
Carnaval de Torres Vedras
Se há carnavais em Portugal que são conhecidos pelo facto de importarem uma festa de arromba do Brasil, o mesmo não acontece em Torres Vedras. Esta cidade é conhecida por ter o Carnaval "mais português" de Portugal.
Não admira que venham centenas de pessoas de todo o Pais para assistir a esta tradição que se mantém fiel à do típico Entrudo português. Desta forma, tal como antigamente, faz-se crítica política e social através de várias brincadeiras e aceita-se com grande alegria a participação espontânea dos populares.
O registo mais antigo que existe do Carnaval de Torres Vedras data do reinado de D. Sebastião, no século XVI. No século XIX, havia festejos com bailes e récitas dentro das colectividades, ou seja, as pessoas não iam muito para as ruas. É claro que este hábito mudou e começaram a sair à rua os carros alegóricos que criticavam a vida social e política da época.
Alguns anos depois, começaram a surgir os "temas" que eram a base do Carnaval. Todos os carros e máscaras eram feitos a partir desse tema. E assim o Carnaval começou a ficar mais organizado. Mas, o tema não é uma coisa muito rígida e fechada: os organizadores não se incomodam se houver pessoas que não têm nada a ver com o grupo a participar nas brincadeiras.
Os carros alegóricos de Torres Vedras são muito ricos. São todos feitos por artistas plásticos da região - pintores e escultores - que os constroem com grande qualidade. Aliás, algumas pessoas dizem que são os carros alegóricos que dão tanta fama ao Carnaval de Torres Vedras e que os turistas vão lá mesmo só para os apreciar de perto.
A tradição do rei e da rainha do Carnaval também se mantém nesta cidade. Mas, tal como tem acontecido noutros sítios, os reis são estrelas da televisão, sobretudo actores de telenovelas.
Carnaval de Ovar
O Carnaval de Ovar é um dos mais conhecidos de Portugal. Chegou a ser o maior acontecimento daquela região, começando a ser organizado desde 1952.
Em Ovar o Carnaval demora o ano inteiro a preparar: todos os figurantes e as suas famílias fazem os seus próprios trajes, máscaras, fantasias, enfeites e carros alegóricos.
Multiplicam-se os bailes, as brincadeiras e as travessuras, mas o mais importante é o desfile com mais de dois mil foliões vindos de Escolas de Samba ou de Grupos e, claro, integrando os humoristas individuais.
Em 1945, nos vários bairros de Ovar, começaram a organizar-se grupos de amigos e conhecidos para festejar o Carnaval. Não tardou muito para que todos os bairros se organizassem e fizessem competições. Começaram a aparecer os carros alegóricos dos bairros e a fama do Carnaval de Ovar correu depressa por todo o País. As ruas do centro da então vila enchiam-se de gente para ver o corso.
Dantes o Carnaval era divertido, mas havia muitos exageros (era designado por “Carnaval Sujo”): durante mais ou menos uma hora o centro da vila (Ovar ainda não era cidade) era atacado por foliões numa batalha poeirenta entre os grupos: lançava-se farinha, pó, fuligem e outras coisas do género...
Por isto se diz que em 1952 é que nasceu o Carnaval organizado em Ovar. Com todos os grupos unidos, tudo mudou de figura e o Carnaval tornou-se ainda mais rico, continuando a crescer e a ganhar importância.
Carnaval da Madeira
Diz quem já lá foi, que festejar o Carnaval na Madeira é uma experiência que nunca mais se esquece. Em primeiro lugar, porque não está tanto frio como no Continente e depois porque a festa é mesmo muito divertida!
As festividades do Carnaval espelham as características culturais do povo madeirense. Este povo é exemplo de alegria, felicidade e cor, parte integrante das suas personalidades.

Trazendo-lhe muita, muita diversão, o Carnaval na Madeira é definitivamente um dos melhores!

Sendo um dos eventos preferidos dos turistas, o Carnaval assumiu, desde sempre, características especiais. Além de ser muito animado, é cheio de cor e movimento. Por lá ninguém gosta de estar parado, e adoram a juventude e a alegria.
É por isso que todos os anos centenas de turistas (portugueses e estrangeiros) voam de propósito até à Madeira só para assistirem ao seu tão famoso Carnaval.
Os seus cortejos sempre tiveram a característica de se adaptarem ao momento, sem se preocuparem muito com o que é ou não mais tradicional.
Estes cortejos carnavalescos realizam-se normalmente nas ruas do Funchal e, apesar de serem compostos por vários grupos diferentes, não existe competição. Isto sucede porque todos os participantes são contagiados pela magia das multidões que se juntam nos passeios das ruas da cidade que dão passagem ao corso.
Na Madeira os políticos não se importam de ir também para a rua mascarados festejar o Carnaval e participar, tal como toda a gente, nas batalhas de flores, e lançar saquinhos de farinha de trigo e cascas de laranja.
Uma das coisas divertidas do Carnaval da Madeira é o facto de ter "dois carnavais".
- Um é o "alegórico", ou seja, aquele que é muito organizado, com grupos e figurantes vestidos com o mesmo tema.
- O outro é o "trapalhão", de que fazem parte todas as pessoas que se juntam à festa mascaradas, mas que não pertencem à parte organizada.
O mais curioso é que ninguém se aborrece por os "dois carnavais" andarem misturados. O que se pretende mesmo é que toda a gente se divirta bastante!
Carnaval de Alcobaça
A tradição do Carnaval em Alcobaça é muito antiga. Ali sempre se organizaram grandes festas e grandes corsos para centenas e centenas de pessoas.
Mas hoje essa tradição mudou bastante. É que Alcobaça é agora conhecida por ter o Carnaval mais brasileiro de todo o Portugal! Em Alcobaça, o Carnaval não são só três dias. São cinco!
Aliás, a festa tornou-se divertida e conhecida depois de um grupo com influência brasileira ter decidido tomar conta do Carnaval de Alcobaça. Decidiram juntar-se a uma escola de samba e organizar um Carnaval em grande, daqueles que só conseguimos ver no Brasil. Assim, quem organiza a maior parte das coisas são mesmo brasileiros!
Muitos pensavam que não ia funcionar, mas a verdade é que todos adoraram e agora as pessoas de todo o país até fazem fila para ver o Carnaval de Alcobaça!
Antigamente, tal como em muitos dos Carnavais do País, o de Alcobaça não era muito organizado, apesar de ser muito grande e com muitos carros alegóricos, sendo as crianças os principais participantes nos corsos de Alcobaça. Agora também participam muitos adultos, tornando a festa mais divertida.
Hoje, em Alcobaça os adultos dançam sem parar durante toda a noite, enquanto dura o Carnaval! E sempre todos mascarados, claro.
Continua a ser uma grande alegria para os populares da localidade verem o seu Carnaval passar pelos sítios tradicionais de sempre, como o Rossio, em frente ao Mosteiro, e vendo ser levadas à sua cidade pessoas muito conhecidas da televisão. São os seus reis do Carnaval, abandonando a tradição de os reis do carnaval serem membros da comunidade
O Carnaval em Portugal



Hoje descobrimos como se comemorava antigamente e como se comemora hoje em dia o Carnaval em Portugal. Antes de partirmos para a nossa primeira descoberta, tentamos dizer tudo o que nos fazia lembrar o Carnaval, isto é, a área vocabular de Carnaval. As palavras que nos vieram à cabeça foram máscaras, fantasias, palhaços, balões, serpentinas, jogos, comida, bebidas e muita alegria!
 Depois, demos início à nossa pesquisa e descobrimos o seguinte:
  • Antigamente as pessoas mascaravam-se, assustavam as outras pessoas e faziam coisas engraçadas. As suas fantasias eram roupas velhas. No dia de Carnaval, cada terra tinha o seu rei e rainha. Hoje em dia, o Carnaval é diferente. Vê como é o Carnaval em algumas terras:
  • Torres Vedras - O Carnaval em Torres Vedras é conhecido como o "Carnaval mais português de Portugal". Não imitam outros países, como por exemplo, o Brasil. Continuam a utilizar o Carnaval para brincar e gozar com as pessoas que estão no governo.
  • Ovar - Ovar é uma terra a norte de Portugal muito sossegada. O seu Carnaval é muito conhecido. São as pessoas que fazem as suas roupas de Carnaval. Para além das pessoas, há bonitos carros enfeitados que andam nas ruas a desfilar. O Carnaval de Ovar é grande, alegre e divertido!
  • Madeira - Na ilha da Madeira as pessoas gostam de andar sempre a mexer-se. É muito divertido, as pessoas vestem-se com cores alegres, que condiz com as imensas flores que a ilha tem nos jardins e nas ruas.
  • Alcobaça - Em Alcobaça o Carnaval não dura três mas sim cinco dias. As pessoas vão para a festa vestidas de branco. Como era muito parecido com o Carnaval brasileiro, as pessoas pensavam que este Carnaval não ia funcionar mas afinal não era verdade.  
Tendo descoberto como era e como é agora o Carnaval em Portugal, resolvemos fazer um pequeno jogo. Como será o Carnaval no futuro? As respostas foram as seguintes:
  • No Carnaval haverá um enorme bolo para todas as pessoas que forem ver o cortejo;
  • Em vez de serem enfeitados com flores, os carros terão autocolantes com imagens de Carnaval;
  • Haverá um avião a atirar foguetes para festejar o Carnaval que é uma festa muito alegre.
Gostaram das nossas descobertas? Conheces outro Carnaval divertido em Portugal? Participa no nosso blogue! Envia-nos a tua opinião ou novas ideias. Já agora, como achas que será o Carnaval no futuro?
O CARNAVAL NA RÚSSIA


O Carnaval na Rússia comemora-se sete semanas antes da Páscoa, 
durante uma semana inteira, à qual se dá o nome de Semana da Panqueca, 
“MASLENITZA”. Cada dia tem o seu nome próprio e rituais próprios.
Em Moscovo e, particularmente, na famosa Praça Vermelha fazem-se 
desfiles, há lutas com bolas de neve, percursos de trenó, várias formas de 
esqui, teatro e encenações feitas pelos“SKOMOROKHS” (bobos). A música 
também tem um papel relevante com  “CHASTOOSHKAS” (canções
tradicionais), dança, bandas, desfiles de Máscaras, fogo-de-artifício e 
concertos.
Na gastronomia salientam-se as Panquecas e os Bolos e Biscoitos que 
têm o nome de “PRYANIKY”.
Os elementos principais da celebração do Carnaval são a Mascote  - a 
Senhora  Maslenitsa  e as panquecas, que simbolizam o sol porque são 
redondas e douradas.
Também conhecida por “KOSTROMA”, a Maslanitsa  é vestida com 
cores brilhantes e vestes luxuosas. O ponto máximo da festa é no domingo à 
noite, em que se retiram as vestes luxuosas da  Maslanitsa e se põe a 
Maslanitsa a arder numa fogueira.
CARNAVAL DE VENEZA        


O Carnaval de Veneza pode ser considerado o mais importante e 
famoso de toda a Europa. A sua origem, nos termos em que hoje é conhecido, 
remonta, segundo se pensa, ao ano de 1162. 
       Esta festa continuou por muitos séculos até que no século XVII foi 
enriquecida em termos de música, cultura e vestuário rico e exótico. As 
belíssimas máscaras estiveram, durante centenas de anos, associadas à 
tradição e à fantasia do Carnaval e muitas delas tornaram-se famosas fazendo 
mesmo parte da "Commedia dell'Arte", um tipo de teatro cómico surgido na 
segunda metade do século XVI, que se contrapunha ao teatro clássico rígido e 
formal e que imortalizou personagens como o Arlequim, a Columbina, a 
Pulcinella, o Doutor ou o Pantalone.
Em Veneza o Carnaval começava de terça a noite, após o qual os 
ânimos desmaiam no rescaldo dos despojos do festim que ainda oficialmente 
com o Liston delle Maschere, o caminho das máscaras, que era o passeio dado 
pelos habitantes que, elegantemente vestidos e usando as suas máscaras, 
expunham as suas riquezas em sedas e jóias.
      A "Bauta", de cor branca, é considerada a máscara tradicional de Veneza, a 
qual permitia ao seu utente comer e beber sem a retirar, sendo usada também 
durante todo o ano para proteger a identidade e permitir os encontros 
românticos.
A "Moretta", máscara exclusivamente feminina, foi uma das mais 
famosas, apesar de ser segura, através de um botão, pelos dentes da frente, o 
que impunha às mulheres um silêncio forçado, muito do apreço dos homens.
"Mattaccino" era o nome dado às máscaras dos jovens atiradores de 
ovos, ficando a ser um dos personagens típicos do Carnaval de Veneza. Estes 
ovos perfumados, que existiam em grande variedade.
Existem hoje em Veneza cerca de dois mil fabricantes de máscaras, 
verdadeiras obras de arte feitas de couro, papel  mâché, alumínio ou seda. 
Requintadas, como a  maschera noble, ou absurdas, como o  taracco da 
Commedia Dell'Arte, são imprescindíveis ao ambiente de ilusão feérica vivido no grande palco de personagens irreais em que Veneza se transforma durante 
o Carnaval. 
Nas ruas, os trajes e as máscaras continuam exuberantes e magníficos 
e o auge da festa é atingido no fogo-de-artifício mantém o seu carácter sensual 
e pagão de celebração da Primavera.
O Carnaval Brasileiro


O Carnaval do Brasil dura três dias. Nesses dias é uma total diversão! !
É uma festa que é preparada ao longo do ano e a maior parte das favelas
gastam todo o dinheiro na sua preparação. O Carnaval, para os brasileiros, é
uma festa em comunidade e em família.
O Carnaval Brasileiro destaca-se em várias partes do país, como no Rio de
Janeiro, São Paulo, Salvador… Nesta época estas cidades recebem escolas
de samba pelas ruas, concertos musicais ao vivo, fogo-de-artifício e milhares
de pessoas com muita diversão, animação e sobretudo alegria…                                                                                                
Carnaval em Portugal


Em  algumas aldeias transmontanas, como Podence e Ousilhão,e 
também na Beira Alta, em Lazarim, o Carnaval é diferente. A festa não se faz 
com lantejoulas,  nem plumas, nem com trajes de polícia, Super-homens e palhaços. A figura típica é o  careto: usa máscara com nariz saliente, feita de 
couro, latão ou madeira  e  pintada com cores vivas de  amarelo, vermelho ou 
preto. A máscara de amieiro, coroada com chifres e outros aparelhos, é usada 
em Lazarim. O careto usa fatos ou riscas, com capuz de cores garridas, feitos 
de colchas com franjas compridas de lã vermelha, verde e amarelo. Carregada 
com  bandoleiros com campainha e enfiados de chocalhos à cintura. Da sua 
indumentária faz também parte um pau ou cacete.
      Quando os homens vestem aquele fato, tornam-se misteriosos e os seus 
comportamentos mudam completamente, ficando possuídos por uma energia
que não se sabe de onde vem. Os caretos, na rua, chocalham, falam mal dos 
rapazes que não têm namoradas e empurram as pessoas, expondo a vida da 
comunidade ao juízo comum.

Um carnaval do Algarve



O texto que se segue foi retirado da página da APOS (Associação de Valorização do Património Cultural e Ambiental de Olhão). Fala do carnaval de Moncarapacho, um exemplo dos mais antigos do tradicional carnaval algarvio, no sul de Portugal. Não sei como é hoje o carnaval moncarapachense (não há vídeos no YouTube, mas fica uma foto, tirada da página da Câmara Municipal de Olhão). Quando eu era miúdo e adolescente, era um desfile de carros alegóricos puxados a tractor e a carro de mulas. Não tendo a exuberância bahiana, posso testemunhar que também tinha o seu encanto.

Breve história do Carnaval de Moncarapacho

"Em tempos imemoriais já havia disfarces de mascarados que percorriam as ruas da Aldeia e, à noite, iam aos bailes nos salões (grandes armazéns ornamentados com balões e serpentinas) onde, ao som de um acordeão ou fole, as máscaras dançavam até quase de madrugada.
Pelas ruas, durante o dia, sobretudo no domingo gordo, segunda-feira e no dia do entrudo surgiam as estudantinas, de inspiração espanhola, com trajes escolares da Universidade de Salamanca, de Coimbra ou de Santiago de Compostela, que não só percorriam as ruas de Moncarapacho como também iam animar as povoações circunvizinhas.
No entanto, só em 1913 surgiu o primeiro carro ornamentado, pertencente ao sr. António Rodrigues Carrajola, importante proprietário, onde se transportavam as filhas e amigas. O carro percorreu as ruas de Moncarapacho e depois foi à Fuzeta.
Este e outros carros que se lhes seguiram eram puxados por muares (mulas ou machos) e apareciam ornamentados geralmente com as clássicas palmeiras.
No Carnaval de 1923 é muito lembrado um carro representando o avião da travessia aérea de Lisboa ao Rio de Janeiro, efectuada por Gago Coutinho e Sacadura Cabral, no ano anterior.
Em 1934 já havia uma comissão organizadora e um júri para classificar os carros. Nesse ano ficou na memória um carro chamado “As Mouras e o Algarve”, para o qual a comissão idealizou um conto mourisco de encantamentos.
Entre 1948 e 1973 a organização foi sempre a cargo da Santa Casa da Misericórdia (que foi fundada em Moncarapacho em 1550!) e posteriormente pela Junta de Freguesia de Moncarapacho.
Nos finais da década de 1980, a Junta de Freguesia passou a ter o apoio da Câmara Municipal de Olhão.
Evidentemente, já há muitos anos que os muares deixaram os desfiles, sendo agora todos os carros alegóricos puxados por tractores.
Nota: o Dr. José Fernandes Mascarenhas publicou em separata de "A Voz de Olhão", em 1986, um trabalho intitulado "O Carnaval de Moncarapacho - subsídios para a sua história", do qual retirámos todas estas informações."

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Carnaval em Portugal


No Carnaval em Portugal existe uma grande tradição carnavalesca, nomeadamente os Carnavais de Estarreja, da Madeira (de onde saíram os imigrantes que haveriam de levar a tradição do Carnaval para o Brasil), Ovar, Loures (um dos mais antigos carnavais do país - remonta a 1934), Podence, Loulé, Sesimbra, Sines e Torres Vedrasque juntamente com o Carnaval de Canas de Senhorim é um dos mais antigos de Portugal. O carnaval de Canas de Senhorim tem perto de 400 anos e tradições únicas como os Pizões, as Paneladas, Queima do Entrudo, Despique entre outras. Nos Açores, mais propriamente na ilha Terceira, reside uma das formas mais peculiares do Carnaval em Portugal, as Danças e Bailinhos de Carnaval. Esta tradição, tida como a maior manifestação de teatro popular em Portugal, remonta ao tempo dos primeiros povoadores e reflete um estilo teatral bem ao jeito dos Autos vicentinos. O Carnaval de Elvas chamado de Carnaval Internacional de Elvas é o maior carnaval da região do Alentejo e o único de caracter internacional em Portugal. O Carnaval de Elvas junta todos os anos cerca de 40 comparsas, 20 espanholas e 20 portuguesas, sendo todos os anos cerca de 3 mil foliões a desfilar pelas ruas do Centro Histórico da cidade. É já considerado um dos mais importantes carnavais de Portugal.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Todo mundo pensa que o Carnaval é uma festa típica do Brasil. Mas toda essa farra existe desde a Antiguidade e vem de muito longe. O Carnaval originário tem início nos cultos agrários da Grécia, de 605 a 527 a.C. Com o surgimento da agricultura, os homens passaram a comemorar a fertilidade e produtividade do solo. O Carnaval Pagão começa quando Pisistráto oficializa o culto a Dioniso na Grécia, no século VII a.C. e, termina, quando a Igreja Católica adota a festa em 590 d.C. O primeiro foco de concentração carnavalesca se localizava no Egito. A festa era nada mais que dança e cantoria em volta de fogueiras. Os foliões usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência de classes sociais. Depois, a tradição se espalhou por Grécia e Roma, entre o século VII a.C. e VI d.C. A separação da sociedade em classes fazia com que houvesse a necessidade de válvulas de escape. É nessa época que sexo e bebidas se fazem presentes na festa. Em seguida, o Carnaval chega em Veneza para, então, se espalhar pelo mundo. Diz-se que foi lá que a festa tomou as características atuais: máscaras, fantasias, carros alegóricos, desfiles... O Carnaval Cristão passa a existir quando a Igreja Católica oficializa a festa, em 590 d.C. Antes, a instituição condenava a festa por seu caráter “pecaminoso”. No entanto, as autoridades eclesiásticas da época se viram num beco sem saída. Não era mais possível proibir o Carnaval. Foi então que houve a imposição de cerimônias oficiais sérias para conter a libertinagem. Mas esse tipo de festa batia de frente com a principal característica do Carnaval: o riso, a brincadeira... É só em 1545, no Concílio de Trento, que o Carnaval é reconhecido como uma manifestação popular de rua. Em 1582, o Papa Gregório XIII transforma o Calendário Juliano em Gregoriano e estabelece as datas do Carnaval. O motivo da mobilidade da data é não coincidir com a Páscoa Católica, que não pode ter data fixa para não coincidir com a Páscoa dos judeus. O cálculo é um pouco complexo. Determina-se o equinócio da primavera, que ocorre entra os dias 21 e 22 de março no hemisfério norte. Observando a lua nova que antecede o equinócio, o primeiro domingo após o 14º dia de lua nova é o domingo de Páscoa. Como o primeiro dia da lua nova, antes de 21 de março, é entre 08 de março e 05 de abril, a Páscoa só pode ser entre 22 de março e 25 de abril. O domingo de carnaval é sempre no 7º domingo que antecede ao domingo de Páscoa. O Carnaval brasileiro surge em 1723, com a chegada de portugueses das Ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde. A principal diversão dos foliões era jogar água nos outros. O primeiro registro de baile é de 1840. Em 1855 surgiram os primeiros grandes clubes carnavalescos, precursores das atuais escolas de samba. No início século XX, já havia diversos cordões e blocos, que desfilavam pela cidade durante o Carnaval. A primeira escola de samba foi fundada em 1928 no bairro do Estácio e se chamava Deixa Falar. A partir de então, outras foram surgindo até chegarmos à grande festa que vemos hoje.

sábado, 5 de fevereiro de 2011




Se alguma escola de samba fosse apresentar um enredo contando a história do Carnaval, certamente alguns expectadores na avenida ficariam surpresos com o fato de referências ao Brasil aparecerem somente do meio para o fim do desfile. Isso ocorreria porque, de fato, o país entrou na história da festa popular apenas a partir do descobrimento pelos portugueses, no ano 1.500, quando essa manifestação cultural já contava mais de mil anos de trajetória.


O Carnaval teria surgido ainda antes de Cristo, segundo a diretora de documentação da Fundação Joaquim Nabuco, Rita de Cássia Araújo. Ela revela que existem pelo menos duas correntes entre os pesquisadores para explicar a criação da festa. A primeira afirma que o Carnaval tem como origem as festas populares que ocorriam na era pré-cristã no Hemisfério Norte, principalmente no Egito, em Roma e na Grécia, para celebrar o fim do inverno e a chegada da época do plantio de lavouras. Não havia referências religiosas, mas já havia as brincadeiras e as máscaras.


De celebração agrária a festa ganhou contornos religiosos quando o cristianismo atribuiu significado à festa, que passou a ser vinculada à Páscoa - a Terça-Feira Gorda é 47 dias antes Domingo Páscoa. A festa, então, ganhou o sentido de tempo de diversão e exagero de comida e bebida que antecede a entrada num período de reflexão e jejum dos cristãos antes da Páscoa, quando os fiéis teriam de se recolher e rever sua vida.


Ainda segundo Rita, a segunda corrente de pesquisadores diverge da idéia de festa surgida há tanto tempo, sustentando que o Carnaval tem múltiplas origens, com diferentes significados e contextos que levara ao seu nascimento em cada região.

No Brasil, o Carnaval chegou com os portugueses com o nome de intrudo, baseado principalmente em brincadeiras em que pessoas sujavam umas as outras como o mela-mela. "Havia uma distinção social nessa festa. As famílias brancas brincavam nas casas e os escravos brincavam nas ruas", diz Rita.


Com a declaração da independência do Brasil, em 1822, o intrudo, de raiz colonial, passou a ser visto como algo negativo e atrasado. Por isso, a partir da iniciativa de intelectuais, artistas e imprensa, há um rompimento com a tradição colonial na segunda metade do século XIX e a adoção no país de modelos de festa trazidos da Itália e da França, já com o nome de Carnaval (que teria o sentido de "adeus à carne"). "Aí que entraram os bailes e os desfiles nas ruas com alegorias", destaca Rita.
A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão "carnis valles", que, acabou por formar a palavra "carnaval", sendo que "carnis" do grego significa carne e "valles" significa prazeres. Em geral, o Carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras), último dia antes da Quaresma. Nos Estados Unidos, o termo mardi gras é sinônimo de Carnaval.
O Carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava de alegres celebrações e busca incessante dos prazeres. O Carnaval prolongava-se por sete dias na ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de dezembro. Todas as actividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que em quisessem e as restrições morais eram relaxadas. As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (Saturnalicius princeps) e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia.
No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os baile de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.
De acordo com o modo contemporâneo o carnaval ainda é considerado uma forma de festa bastante tradicional, pois persistiu por vários anos com o mesmo aspecto.
O Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar no Cristianismo da Idade Média. O período do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale" dando origem ao termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no Carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas. Já o Rio de Janeiro criou e exportou o estilo de fazer carnaval com desfiles de Escolas de Samba para outras cidades do mundo, como São Paulo, Tóquio e Helsink, capital da Finlândia.
O Carnaval do Rio de Janeiro está no Guinness Book como a maior festa de rua do mundo.[1] Recife, Pernambuco, possui o maior bloco de carnaval do mundo, o Galo da Madrugada.
Como surgiu o Carnaval?
Veio dos rituais da fertilidade e festas pagãs de colheitas. Bacanais, saturnais e lupercais, orgias romanas. No século 6, a Igreja Católica adotou tais festas libertinas que invertiam a ordem do cotidiano, para domesticá-las, juntando todas na véspera da quaresma. Surgiu no Brasil, no século 17. Os saturnais eram comemorados em Roma de 16 a 18 de dezembro. Eram carros imitando navios com homens nus dançando de forma frenética e obscena. O nome dos carros eram: Carrum Navalis, que para muitos é a origem da expressão carnaval. Em 15 de fevereiro, comemorava-se os lupercais. As estranhas práticas consistiam entre outras coisas sair pelado banhados de sangue de cabra e perseguir transeuntes, lhes batendo com uma correia. Em março eram os bacanais, que eram orgias em homenagem ao Deus Baco. Em Colônia na Alemanha, as mulheres cortavam as gravatas dos homens com uma tesoura. Os hábitos se diversificavam de acordo com a cultura local.

Confetes - Chegaram ao Brasil em 1892, e as serpentinas substituíram as flores atiradas aos carros alegóricos. Em 1937, houve o primeiro desfile de fantasias no Teatro Municipal do RJ.
O lança-perfume - Com perfume e cloreto de etila ou éter, foi trazido da França em 1906 e proibido em 1960 porque era usado como droga.
Os blocos- Foram licenciados pela polícia em 1889 no RJ.
O Rei Momo - Sempre bem acompanhado por uma lindíssima rainha, foi instituído pelo jornal carioca "A Noite", em 1933, como símbolo, sendo que o primeiro foi o compositor Sílvio Caldas.
O Frevo - Que deriva de fervura, é uma dança criada em Recife no final do século 19.
Afoxés - São sociedades carnavalescas fundadas por negros, na Bahia, inspirados em tradições africanas. O primeiro surgiu em 1885 e desfilou com roupas importadas da África.
O trio elétrico - São palcos montados na carroceria de caminhões e equipados com alto-falantes e módulos de potência de até 100 mil Watts.
Escolas de samba estreiaram no RJ em 1928 e com o tempo, adquiriram estrutura e orientação de empresários, mais um filão a ser explorado pelo capitalismo selvagem, patrocinados pelo estado, traficantes de drogas e banqueiros do jogo do bicho e não vem contribuindo para a redução do crime e da miséria. O primeiro baile aconteceu em 1840, no Hotel Itália no RJ, ao som de valsas e nada tinha a ver com os bailes de hoje.
O que é 
O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Tem sua origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.

História do Carnaval 
O entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia.
No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos, tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.
No século XX, o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.
A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá. A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos para verificar qual escola de samba era mais bonita e animada.
Como surgiu o Carnaval? Você sabe?
Muitos apelam para a comemoração, sem ao menos saberem o que estão comemorando. Por acaso você sabe o que se comemora no carnaval? E como ele surgiu?

Vejamos, o carnaval era uma festa comemorada por pessoas de todas as idades, tamanhos, cores e raças diferentes que surgiu com o intúito de fazerem colheitas progredirem, isso se ocorreu há mais de 10 milênios a.C.. Na verdade, os agricultores acreditavam que existiam espíritos malignos que destruiam suas colheitas, e acabaram por criar uma festa, onde todos haverião de usar máscaras para espantar os tais e tãos temidos espíritos.

De milênio em milênio, de século em século, de ano em ano, a tradição se manteve, e como o carnaval era uma festa para todos, houve uma grande junção de culturas e mitos lendários. Porém isso é apenas uma teoria, existe uma outra teoria mais coerente e assustadora. Segue-se o seguinte:

O carnaval realmente surgiu há mais de 10 milênios a.C., no entanto, era conhecido como festivais de primavera, verão, inverno ou outono, ou festas egípcias que homenageavam a deusa Isis e ao Touro Apis. Ainda não se usava máscaras nem trajes específicos para comemorá-lo, nem tão pouco, todos podiam participar, mas com o tempo a tradição foi se renovando. Festas desse gênero eram muito comuns, e assim se prosseguiu até a morte de Cristo.

Todas essas festas eram para comemorar algo, e quando Jesus morreu, todos comemoraram! (Aí está a parte assustadora). O carnaval, segundo a teoria mais coerente, nada mais é do que a comemoração da morte de Cristo!

Carnaval, pelo seu significado literário podemos concluir, que sendo essa uma teoria ou não, há um fundo de verdade: Carna (carne) + Val (Festival) = Festival da Carne.

Jesus sempre nos alertou sobre os desejos da carne, que são os sentimentos emocionais, provocados pelo próprio diabo. Tais desejos, certamente, sendo saciados, levam qualquer um para o inferno. Por isso é sempre importante procurarmos saber a que desejos estamos saciando, os da carne, ou os de Deus (do espírito), e também é sempre interessante verificarmos o motivo da celebração antes de celebrá-la.

Nosso trabalho não é proibí-lo, caro leitor, de comemorar a festa, mas pelo contrário, alertá-lo sobre ela. Afinal, vale realmente a pena perder sua salvação por apenas alguns momentinhos de
alegria. As primeiras perguntas eu já respondi, agora responda-me você, leitor:
Quanto vale sua
vida? Será que alguns momentos de diversão valem mais que tua salvação?
O mito Dioniso
Representado ora como o deus da cultura e do vinho, ora pelo bode ou ainda pela figueira, o deus da transformação era uma ameaça à Polis aristocrática do Olimpo, a habitação dos deuses. Por causa disso, foi expulso. Na Grécia, todos os anos, ela era saudado no início da primavera com uma festa que reunia danças, bebedeira, algazarra, sexo e violência.
Com a oficialização do culto a Dioniso (quatro por ano – um para cada estação), por volta do ano 600 a.C., camponeses e lavradores transportavam a imagem do deus em embarcações com rodas, com homens e mulheres nus em seu interior, numa procissão pelas ruas de Atenas onde a multidão que seguia o cortejo ia de máscaras, fazendo festa. A procissão terminava no templo, onde se consumava a hierogamia: o casamento do deus com a Polis inteira em busca de fecundação. Seguiam-se aí orgias e o sacrifício de um touro.
A Igreja e o carnaval
Depois de séculos onde as festas populares orgiásticas faziam parte das pautas de discussões da Igreja, em 590 d.C. o papa Gregório I incluiu o Carnaval no calendário eclesiástico. A Igreja passou então a tolerar a festa, e em alguns casos, a estimulá-la, mas de acordo com seus preceitos religiosos. O Carnaval era organizado com jogos, brincadeiras e corrida de cavalos e anões. Logo, cresceu e ganhou simpatia na Itália, França e Alemanha.
Em 1545, no Concílio de Trento, o Carnaval foi reconhecido como uma manifestação popular de rua importante, e em 1582, suas datas foram estabelecidas em definitivo. A festa, até hoje, obedece à regras que determinam a Páscoa dos católicos; o domingo de carnaval é sempre no 7o domingo antes do domingo de Páscoa.
Não coincidentemente, o carnaval é a porta de entrada da quaresma, o tempo de privação para os seguidores do catolicismo. Para alguns historiadores, o significado oposto das duas celebrações é que se atraem: enquanto uma (a quaresma) pregava abstinência de carne, sexo e diversão, a outra (o carnaval), permitia o desfrute exacerbado de tudo isso.
Hiram Araújo vê essa atitude clerical com o objetivo de “cristianizar” a festa, como a Igreja já vinha fazendo com outras manifestações pagãs. Estabeleceu, por exemplo, o dia 25 de dezembro como sendo o dia da comemoração do nascimento de Jesus, e essa era a época das festas greco-romanas.
Rei Momo
Personagem da mitologia greco-romana, Momo era o deus da irreverência, da bagunça e da alegria. Também expulso de Olimpo, era homenageado na Roma antiga durante os cultos a Saturno. Na celebração, o mais belo soldado era coroado como o rei Momo, que depois de uma noite reinando com festa, bebida e comida à vontade, era sacrificado no altar de Saturno.
No Brasil, o Rei Momo surgiu no carnaval carioca, em 1933, quando um boneco de papelão foi incorporado ao desfile como sendo o rei do Carnaval carioca. No mesmo ano, a idéia saiu do papel e um jornalista gordo foi às ruas vestido de monarca.
A palavra
A origem da palavra carnaval não tem uma única definição. Alguns pesquisadores defendem que surgiu nas mesmas festas a Dioniso, já que os carros que faziam a abertura da procissão eram os Carrum Navalis (carros navais). Outros acreditam que possa ter nascido quando a festa passou a ser realizada antes da quaresma, a partir de dialetos italianos que significavam “tirar a carne”.
Para pensar
Desde os primórdios, o Carnaval é uma festa dedicada única e exclusivamente aos prazeres carnais. Então, aos que se dizem cristãos, valem as palavras do apóstolo Paulo:
“…Os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Ora, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita. Portanto, irmãos, somos devedores, não à carne para vivermos segundo a carne; porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes com temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai!” (Romanos 8:6-15).
De quer lado você está?