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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Em finais do século XVIII, o entrudo era praticado por todo o país, consistindo em brincadeiras e folguedos que variavam conforme os locais e os grupos sociais envolvidos. As primeiras tentativas de civilizar a festa carnavalesca brasileira foram através da importação dos bailes e dos passeios mascarados parisienses, colocando o Entrudo Popular sob forte controle policial. A partir do ano de 1830, uma série de proibições vai se suceder na tentativa, sempre infrutífera, de acabar com a festa grosseira.
Em finais do século XIX, toda uma série e grupos carnavalescos ocupam as ruas do Rio de Janeiro, servindo de modelo para as diferentes folias. Nessa época, esses grupos eram chamados indiscriminadamente de cordões, ranchos ou blocos. Em 1890, Chiquinha Gonzaga compôs a primeira música especificamente para o Carnaval, "Ô Abre Alas!". A música havia sido composta para o cordão Rosas de Ouro que desfilava pelas ruas do Rio de Janeiro durante o carnaval.
Os foliões costumavam frequentar os bailes fantasiados, usando máscaras e disfarces inspirados nos baile de máscaras parisienses. As fantasias mais tradicionais e usadas até hoje são as de Pierrot, Arlequim e Colombina, originárias da commedia dell'arte.
Atualmente, no Rio de Janeiro e em várias grandes e pequenas cidades, as escolas de samba fazem desfiles organizados, verdadeiras disputas para a eleição da melhor escola do ano segundo uma série de quesitos. Com o crescimento vertiginoso dessas agremiações o processo de criação se especializou gerando muitos empregos concentrados, principalmente, nos chamados barracões das escolas de samba.
O desfile mais tradicional acontece no Rio de Janeiro, na Passarela do Samba, Marquês de Sapucai, como é chamado o sambódromo carioca, primeiro a ser construído no Brasil. Outros desfiles importantes ocorrem em Uruguaiana, Porto Alegre,Florianópolis,Manaus e em Vitória.
Recentemente o desfile das escolas de samba de São Paulo adquiriu relevância ao passar a ser transmitido pela Rede Globo para quase todo o país, pois no Rio Grande do Sul, a Rbs tv(RS), afiliada da tv Globo, desde 2008 transmite os desfiles do grupo especial de Porto Alegre,que ocorre em dois dias, sexta e sabado de carnaval, e Florianópolis que no sabado de carnaval e exibido pela Rbs tv(SC) os desfiles do gupo especial de Florianópolis.
Além dos desfiles das escolas de samba acontecem também os desfiles de blocos e bandas, grupo de pessoas que saem desfilando pelas ruas das cidades para se divertir, sem competição. Também existem os bailes de carnaval, realizados em clubes, ou em áreas públicas abertas, com execução de músicas carnavalescas.
O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.
Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011


Carnaval de antigamente


O Carnaval dessa altura era descrito na enciclopédia de um modo bastante claro:
Pelas ruas generalizava-se uma verdadeira luta em que as armas eram os ovos de gema, ou as cascas contendo farinha ou gesso, cartuchos de pós de goma, cabaças de cera com água de cheiro, tremoços, tubos de vidro ou de cartão para soprar com violência, milho e feijão que se despejavam aos alqueires sobre as cabeças dos transeuntes.
Havia ainda as luvas com areia destinadas a cair de chofre sobre os chapéus altos ou de coco dos passantes pouco previdentes e até se jogava entrudo com laranjas, tangerinas e mesmo com pastéis de nata ou outros bolos.
Em vários bairros atiravam-se à rua, ou de janela para janela, púcaros e tachos de barro e alguidares já em desuso, como depois se fez também no último dia do ano, no intuito de acabar com tudo de velho que haja em casa.
Também se usaram nos velhos entrudos portugueses a vassourada e as bordoadas com colheres de pau, etc. As pessoas mascaravam-se, pregavam partidas, gozavam com as outras pessoas pois estando disfarçadas podiam fazê-lo sem serem reconhecidas.
O Carnaval de cada terra tinha o seu rei, o Rei Momo, que também tem uma rainha. A corte tem vários ministros (a fingirem que estão sempre bêbedos) e imensas "matrafonas", que são homens vestidos de forma ridícula ou de mulher.
Normalmente, havia “zés-pereiras” que acompanhavam e animavam o desfile, a tocar bombo, ou "tropas fandangas" também a tocar e a fazer disparates. Também apareciam gigantones e outros disfarces.
Hoje em dia Portugal ainda há Carnavais com muita tradição: Ovar, Torres Vedras, Alcobaça, Loulé... E muitos mais, pois por todo o lado se brinca e se organizam festejos e bailes de Carnaval.


Cegadas

Já ouviste os teus pais ou os teus avós dizerem para te portares bem e não te meteres em «cegadas»? Ora essa expressão vem de uma tradição do Entrudo (Carnaval) português em que as pessoas faziam cegadas para se divertirem.
A característica mais importante da cegada é o facto de ser uma oportunidade para, estando disfarçado dos pés à cabeça, «gozar» com pessoas (importantes) que normalmente se respeitam, mas são irritantes, pregar partidas e até mesmo criticar o governo ou os governantes.
Como deves calcular, as pessoas que são criticadas não gostam mesmo nada e, no caso das tais «pessoas importantes» ou dos políticos, dantes, às vezes havia confusões com a polícia.
Por isso, nos anos 60 do século XX, o nosso governo proibiu as cegadas (por causa das críticas políticas, que na altura não se podiam fazer). Este foi o tempo das «grandes cegadas», porque, apesar de serem proibidas, muitas pessoas continuaram a fazê-las.
Claro que a tradição acabou por se perder um pouco, pois hoje já não se vai preso por criticar os «grandes». As cegadas eram uma forma de crítica que revelava o sentido humorístico malicioso do nosso povo. A melhor altura para o fazer era sempre o Carnaval - quando «ninguém leva a mal».
São uma tradição mais típica do sul de Portugal e as que ainda se mantêm são as de Sesimbra, Ourique, Odemira e outras.
Normalmente, acabam por se tornar até o tema do Carnaval desse ano, figurando alguns acontecimentos cómicos ocorridos durante o ano. E aí toda a gente se diverte! As cegadas também são uma representação, como as do teatro, mas são consideradas brejeiras (com piadas fáceis e maliciosas). São feitas por grupos de quatro, cinco ou seis elementos e duram aproximadamente uma hora. Os textos são encomendados a pessoas de fora que normalmente fazem (escrevem) cegadas ou então são feitos por pessoas do próprio grupo.
Os Caretos
Um careto é um homem disfarçado que anda pelas ruas de algumas povoações e aldeias do Norte de Portugal (especialmente em Trás-os-Montes) com uma máscara que serve para meter medo, fazendo de diabo à solta. Podem aparecer tanto no Carnaval como no Natal.
Os caretos fazem parte de uma tradição portuguesa muito, muito antiga, e os mais conhecidos são os de Podence e de Ousilhão (Trás-os-Montes), mas também os há noutras zonas, como em Lazarim, na Beira Alta.
Os homens de Podence também se mascaram, mas a diferença é que se mascaram de caretos, ou seja, de uma espécie de criaturas de outro mundo que fazem muito barulho e perseguem as raparigas solteiras.
Os caretos andam em grandes grupos, com máscaras de couro ou de madeira, muito feias. Vestem velhas colchas de lã transformadas em fatos de cores fortes como o verde, azul, preto, vermelho e amarelo (tudo às riscas). Para chamar a atenção e fazer todo o barulho que lhes é característico, os caretos usam grandes chocalhos pendurados na cintura e guizos nos tornozelos.
Nos dias em que os caretos saem à rua, as meninas solteiras ficam em casa a vê-los pela janela. Por isso eles trepam pelas varandas acima, para ir ter com elas e fazer muito barulho, mexendo a cintura para lhes bater com os chocalhos!
Outras das suas vítimas são os donos das adegas. Quando são apanhados, pegam-lhes ao colo e obrigam-nos a abrir as pipas de vinho para os caretos beberem.
Para os ajudar nas suas correrias e saltos por toda a povoação, os caretos usam também um pau ou uma moca, que lhes serve de apoio (e também lhes dá um ar mais assustador...).
Aos caretos tudo se permite nos dias de Carnaval. Diz-se que o homem, ao vestir aquele fato, torna-se misterioso e o seu comportamento muda completamente, ficando possuído por uma energia que não se sabe de onde vem. Nas crenças das pessoas de Trás-os Montes e da Beira Alta, existe qualquer coisa de mágico em todo o ritual da festa que permite aos caretos fazerem coisas que os outros não podem.
Há alguns anos, as pessoas, nestes dias, trancavam as portas, com medo dos abusos dos caretos. Claro que hoje em dia eles são mais moderados, mas as suas correrias, o seu barulho e os seus gritos ainda surpreendem os mais desprevenidos.
Diz-se que a tradição dos caretos já vem de há muitos séculos, ainda antes do Cristianismo e está associada a práticas mágicas, relacionadas com os cultos da fertilidade na agricultura.
Carnaval de Torres Vedras
Se há carnavais em Portugal que são conhecidos pelo facto de importarem uma festa de arromba do Brasil, o mesmo não acontece em Torres Vedras. Esta cidade é conhecida por ter o Carnaval "mais português" de Portugal.
Não admira que venham centenas de pessoas de todo o Pais para assistir a esta tradição que se mantém fiel à do típico Entrudo português. Desta forma, tal como antigamente, faz-se crítica política e social através de várias brincadeiras e aceita-se com grande alegria a participação espontânea dos populares.
O registo mais antigo que existe do Carnaval de Torres Vedras data do reinado de D. Sebastião, no século XVI. No século XIX, havia festejos com bailes e récitas dentro das colectividades, ou seja, as pessoas não iam muito para as ruas. É claro que este hábito mudou e começaram a sair à rua os carros alegóricos que criticavam a vida social e política da época.
Alguns anos depois, começaram a surgir os "temas" que eram a base do Carnaval. Todos os carros e máscaras eram feitos a partir desse tema. E assim o Carnaval começou a ficar mais organizado. Mas, o tema não é uma coisa muito rígida e fechada: os organizadores não se incomodam se houver pessoas que não têm nada a ver com o grupo a participar nas brincadeiras.
Os carros alegóricos de Torres Vedras são muito ricos. São todos feitos por artistas plásticos da região - pintores e escultores - que os constroem com grande qualidade. Aliás, algumas pessoas dizem que são os carros alegóricos que dão tanta fama ao Carnaval de Torres Vedras e que os turistas vão lá mesmo só para os apreciar de perto.
A tradição do rei e da rainha do Carnaval também se mantém nesta cidade. Mas, tal como tem acontecido noutros sítios, os reis são estrelas da televisão, sobretudo actores de telenovelas.
Carnaval de Ovar
O Carnaval de Ovar é um dos mais conhecidos de Portugal. Chegou a ser o maior acontecimento daquela região, começando a ser organizado desde 1952.
Em Ovar o Carnaval demora o ano inteiro a preparar: todos os figurantes e as suas famílias fazem os seus próprios trajes, máscaras, fantasias, enfeites e carros alegóricos.
Multiplicam-se os bailes, as brincadeiras e as travessuras, mas o mais importante é o desfile com mais de dois mil foliões vindos de Escolas de Samba ou de Grupos e, claro, integrando os humoristas individuais.
Em 1945, nos vários bairros de Ovar, começaram a organizar-se grupos de amigos e conhecidos para festejar o Carnaval. Não tardou muito para que todos os bairros se organizassem e fizessem competições. Começaram a aparecer os carros alegóricos dos bairros e a fama do Carnaval de Ovar correu depressa por todo o País. As ruas do centro da então vila enchiam-se de gente para ver o corso.
Dantes o Carnaval era divertido, mas havia muitos exageros (era designado por “Carnaval Sujo”): durante mais ou menos uma hora o centro da vila (Ovar ainda não era cidade) era atacado por foliões numa batalha poeirenta entre os grupos: lançava-se farinha, pó, fuligem e outras coisas do género...
Por isto se diz que em 1952 é que nasceu o Carnaval organizado em Ovar. Com todos os grupos unidos, tudo mudou de figura e o Carnaval tornou-se ainda mais rico, continuando a crescer e a ganhar importância.
Carnaval da Madeira
Diz quem já lá foi, que festejar o Carnaval na Madeira é uma experiência que nunca mais se esquece. Em primeiro lugar, porque não está tanto frio como no Continente e depois porque a festa é mesmo muito divertida!
As festividades do Carnaval espelham as características culturais do povo madeirense. Este povo é exemplo de alegria, felicidade e cor, parte integrante das suas personalidades.

Trazendo-lhe muita, muita diversão, o Carnaval na Madeira é definitivamente um dos melhores!

Sendo um dos eventos preferidos dos turistas, o Carnaval assumiu, desde sempre, características especiais. Além de ser muito animado, é cheio de cor e movimento. Por lá ninguém gosta de estar parado, e adoram a juventude e a alegria.
É por isso que todos os anos centenas de turistas (portugueses e estrangeiros) voam de propósito até à Madeira só para assistirem ao seu tão famoso Carnaval.
Os seus cortejos sempre tiveram a característica de se adaptarem ao momento, sem se preocuparem muito com o que é ou não mais tradicional.
Estes cortejos carnavalescos realizam-se normalmente nas ruas do Funchal e, apesar de serem compostos por vários grupos diferentes, não existe competição. Isto sucede porque todos os participantes são contagiados pela magia das multidões que se juntam nos passeios das ruas da cidade que dão passagem ao corso.
Na Madeira os políticos não se importam de ir também para a rua mascarados festejar o Carnaval e participar, tal como toda a gente, nas batalhas de flores, e lançar saquinhos de farinha de trigo e cascas de laranja.
Uma das coisas divertidas do Carnaval da Madeira é o facto de ter "dois carnavais".
- Um é o "alegórico", ou seja, aquele que é muito organizado, com grupos e figurantes vestidos com o mesmo tema.
- O outro é o "trapalhão", de que fazem parte todas as pessoas que se juntam à festa mascaradas, mas que não pertencem à parte organizada.
O mais curioso é que ninguém se aborrece por os "dois carnavais" andarem misturados. O que se pretende mesmo é que toda a gente se divirta bastante!
Carnaval de Alcobaça
A tradição do Carnaval em Alcobaça é muito antiga. Ali sempre se organizaram grandes festas e grandes corsos para centenas e centenas de pessoas.
Mas hoje essa tradição mudou bastante. É que Alcobaça é agora conhecida por ter o Carnaval mais brasileiro de todo o Portugal! Em Alcobaça, o Carnaval não são só três dias. São cinco!
Aliás, a festa tornou-se divertida e conhecida depois de um grupo com influência brasileira ter decidido tomar conta do Carnaval de Alcobaça. Decidiram juntar-se a uma escola de samba e organizar um Carnaval em grande, daqueles que só conseguimos ver no Brasil. Assim, quem organiza a maior parte das coisas são mesmo brasileiros!
Muitos pensavam que não ia funcionar, mas a verdade é que todos adoraram e agora as pessoas de todo o país até fazem fila para ver o Carnaval de Alcobaça!
Antigamente, tal como em muitos dos Carnavais do País, o de Alcobaça não era muito organizado, apesar de ser muito grande e com muitos carros alegóricos, sendo as crianças os principais participantes nos corsos de Alcobaça. Agora também participam muitos adultos, tornando a festa mais divertida.
Hoje, em Alcobaça os adultos dançam sem parar durante toda a noite, enquanto dura o Carnaval! E sempre todos mascarados, claro.
Continua a ser uma grande alegria para os populares da localidade verem o seu Carnaval passar pelos sítios tradicionais de sempre, como o Rossio, em frente ao Mosteiro, e vendo ser levadas à sua cidade pessoas muito conhecidas da televisão. São os seus reis do Carnaval, abandonando a tradição de os reis do carnaval serem membros da comunidade
O Carnaval em Portugal



Hoje descobrimos como se comemorava antigamente e como se comemora hoje em dia o Carnaval em Portugal. Antes de partirmos para a nossa primeira descoberta, tentamos dizer tudo o que nos fazia lembrar o Carnaval, isto é, a área vocabular de Carnaval. As palavras que nos vieram à cabeça foram máscaras, fantasias, palhaços, balões, serpentinas, jogos, comida, bebidas e muita alegria!
 Depois, demos início à nossa pesquisa e descobrimos o seguinte:
  • Antigamente as pessoas mascaravam-se, assustavam as outras pessoas e faziam coisas engraçadas. As suas fantasias eram roupas velhas. No dia de Carnaval, cada terra tinha o seu rei e rainha. Hoje em dia, o Carnaval é diferente. Vê como é o Carnaval em algumas terras:
  • Torres Vedras - O Carnaval em Torres Vedras é conhecido como o "Carnaval mais português de Portugal". Não imitam outros países, como por exemplo, o Brasil. Continuam a utilizar o Carnaval para brincar e gozar com as pessoas que estão no governo.
  • Ovar - Ovar é uma terra a norte de Portugal muito sossegada. O seu Carnaval é muito conhecido. São as pessoas que fazem as suas roupas de Carnaval. Para além das pessoas, há bonitos carros enfeitados que andam nas ruas a desfilar. O Carnaval de Ovar é grande, alegre e divertido!
  • Madeira - Na ilha da Madeira as pessoas gostam de andar sempre a mexer-se. É muito divertido, as pessoas vestem-se com cores alegres, que condiz com as imensas flores que a ilha tem nos jardins e nas ruas.
  • Alcobaça - Em Alcobaça o Carnaval não dura três mas sim cinco dias. As pessoas vão para a festa vestidas de branco. Como era muito parecido com o Carnaval brasileiro, as pessoas pensavam que este Carnaval não ia funcionar mas afinal não era verdade.  
Tendo descoberto como era e como é agora o Carnaval em Portugal, resolvemos fazer um pequeno jogo. Como será o Carnaval no futuro? As respostas foram as seguintes:
  • No Carnaval haverá um enorme bolo para todas as pessoas que forem ver o cortejo;
  • Em vez de serem enfeitados com flores, os carros terão autocolantes com imagens de Carnaval;
  • Haverá um avião a atirar foguetes para festejar o Carnaval que é uma festa muito alegre.
Gostaram das nossas descobertas? Conheces outro Carnaval divertido em Portugal? Participa no nosso blogue! Envia-nos a tua opinião ou novas ideias. Já agora, como achas que será o Carnaval no futuro?
O CARNAVAL NA RÚSSIA


O Carnaval na Rússia comemora-se sete semanas antes da Páscoa, 
durante uma semana inteira, à qual se dá o nome de Semana da Panqueca, 
“MASLENITZA”. Cada dia tem o seu nome próprio e rituais próprios.
Em Moscovo e, particularmente, na famosa Praça Vermelha fazem-se 
desfiles, há lutas com bolas de neve, percursos de trenó, várias formas de 
esqui, teatro e encenações feitas pelos“SKOMOROKHS” (bobos). A música 
também tem um papel relevante com  “CHASTOOSHKAS” (canções
tradicionais), dança, bandas, desfiles de Máscaras, fogo-de-artifício e 
concertos.
Na gastronomia salientam-se as Panquecas e os Bolos e Biscoitos que 
têm o nome de “PRYANIKY”.
Os elementos principais da celebração do Carnaval são a Mascote  - a 
Senhora  Maslenitsa  e as panquecas, que simbolizam o sol porque são 
redondas e douradas.
Também conhecida por “KOSTROMA”, a Maslanitsa  é vestida com 
cores brilhantes e vestes luxuosas. O ponto máximo da festa é no domingo à 
noite, em que se retiram as vestes luxuosas da  Maslanitsa e se põe a 
Maslanitsa a arder numa fogueira.
CARNAVAL DE VENEZA        


O Carnaval de Veneza pode ser considerado o mais importante e 
famoso de toda a Europa. A sua origem, nos termos em que hoje é conhecido, 
remonta, segundo se pensa, ao ano de 1162. 
       Esta festa continuou por muitos séculos até que no século XVII foi 
enriquecida em termos de música, cultura e vestuário rico e exótico. As 
belíssimas máscaras estiveram, durante centenas de anos, associadas à 
tradição e à fantasia do Carnaval e muitas delas tornaram-se famosas fazendo 
mesmo parte da "Commedia dell'Arte", um tipo de teatro cómico surgido na 
segunda metade do século XVI, que se contrapunha ao teatro clássico rígido e 
formal e que imortalizou personagens como o Arlequim, a Columbina, a 
Pulcinella, o Doutor ou o Pantalone.
Em Veneza o Carnaval começava de terça a noite, após o qual os 
ânimos desmaiam no rescaldo dos despojos do festim que ainda oficialmente 
com o Liston delle Maschere, o caminho das máscaras, que era o passeio dado 
pelos habitantes que, elegantemente vestidos e usando as suas máscaras, 
expunham as suas riquezas em sedas e jóias.
      A "Bauta", de cor branca, é considerada a máscara tradicional de Veneza, a 
qual permitia ao seu utente comer e beber sem a retirar, sendo usada também 
durante todo o ano para proteger a identidade e permitir os encontros 
românticos.
A "Moretta", máscara exclusivamente feminina, foi uma das mais 
famosas, apesar de ser segura, através de um botão, pelos dentes da frente, o 
que impunha às mulheres um silêncio forçado, muito do apreço dos homens.
"Mattaccino" era o nome dado às máscaras dos jovens atiradores de 
ovos, ficando a ser um dos personagens típicos do Carnaval de Veneza. Estes 
ovos perfumados, que existiam em grande variedade.
Existem hoje em Veneza cerca de dois mil fabricantes de máscaras, 
verdadeiras obras de arte feitas de couro, papel  mâché, alumínio ou seda. 
Requintadas, como a  maschera noble, ou absurdas, como o  taracco da 
Commedia Dell'Arte, são imprescindíveis ao ambiente de ilusão feérica vivido no grande palco de personagens irreais em que Veneza se transforma durante 
o Carnaval. 
Nas ruas, os trajes e as máscaras continuam exuberantes e magníficos 
e o auge da festa é atingido no fogo-de-artifício mantém o seu carácter sensual 
e pagão de celebração da Primavera.
O Carnaval Brasileiro


O Carnaval do Brasil dura três dias. Nesses dias é uma total diversão! !
É uma festa que é preparada ao longo do ano e a maior parte das favelas
gastam todo o dinheiro na sua preparação. O Carnaval, para os brasileiros, é
uma festa em comunidade e em família.
O Carnaval Brasileiro destaca-se em várias partes do país, como no Rio de
Janeiro, São Paulo, Salvador… Nesta época estas cidades recebem escolas
de samba pelas ruas, concertos musicais ao vivo, fogo-de-artifício e milhares
de pessoas com muita diversão, animação e sobretudo alegria…                                                                                                
Carnaval em Portugal


Em  algumas aldeias transmontanas, como Podence e Ousilhão,e 
também na Beira Alta, em Lazarim, o Carnaval é diferente. A festa não se faz 
com lantejoulas,  nem plumas, nem com trajes de polícia, Super-homens e palhaços. A figura típica é o  careto: usa máscara com nariz saliente, feita de 
couro, latão ou madeira  e  pintada com cores vivas de  amarelo, vermelho ou 
preto. A máscara de amieiro, coroada com chifres e outros aparelhos, é usada 
em Lazarim. O careto usa fatos ou riscas, com capuz de cores garridas, feitos 
de colchas com franjas compridas de lã vermelha, verde e amarelo. Carregada 
com  bandoleiros com campainha e enfiados de chocalhos à cintura. Da sua 
indumentária faz também parte um pau ou cacete.
      Quando os homens vestem aquele fato, tornam-se misteriosos e os seus 
comportamentos mudam completamente, ficando possuídos por uma energia
que não se sabe de onde vem. Os caretos, na rua, chocalham, falam mal dos 
rapazes que não têm namoradas e empurram as pessoas, expondo a vida da 
comunidade ao juízo comum.